PM flagra rinha de galos em José Bonifácio


20 pessoas foram autuadas e multadas em 180 mil reais




Ontem (26), os Policiais Militares Ambientais do 1º Pelotão do 4º Batalhão de Polícia Ambiental de São José do Rio Preto flagraram rinha de galos (luta entre animais da mesma espécie), em José Bonifácio, interior de São Paulo.
Dispostos em sete viaturas, 23 policiais militares surpreenderam em flagrante delito, por volta das 11h da manhã, 20 homens que participavam de uma rinha de galos. No momento da abordagem, todos estavam em volta de um rebolo (espécie de arena construída em madeira onde os galos são colocados para brigar), sendo que dentro dele havia dois galos brigando, sendo 19 homens apostadores e um organizador das rinhas.
Foram apreendidos 38 galos índios, dois rebolos, duas balanças, diversas biqueiras – esporar artificiais colocadas no lugar das esporas naturais cortadas dos animais, além de facas, tesoura, seringas e diversos medicamentos para estimular as brigas e potencializar a agressividade dos animais. Também foi apreendida uma chocadeira elétrica, onde ovos são colocados para criarem novos galos e duas cadernetas com apostas.
O organizar das lutas e responsável do local foi autuado 114.000,00 reais pela infração ambiental prevista no artigo 29, §1º, II, da Res. SMA 48/14 “por realizar, promover e participar de luta entre animais da mesma espécie”, conduta que também caracteriza o ato de maus tratos aos animais, vistos que todos saem severamente lesionados das lutas, por isso, também responderá pelo crime do art. 32 da Lei 9605/98. Já os demais responderão pelo mesmo crime e como participantes, mesmo que como expectadores, incorrendo nas mesmas penas e enquadramentos, ao todo as multas aplicadas aos 20 envolvidos somaram um montante de R$ 180.000,00 mil reais.
Além de ser crime de maus tratos, as rinhas ou lutas levam os animais a ferimentos, desde a mutilação de suas esporas até cegueira e morte em razão das lesões, costume ultrapassado que não pode ser perpetuado, motivo pelo qual a Polícia Ambiental trabalha incansavelmente para prevenir e coibir tal prática.
Os animais em razão do alto teor de hormônios aplicados, pelo constante estímulo as lutas e pelas lesões, não possuem qualquer condição de readaptação para conviverem com outros animais da mesma espécie, não servem para consumo, ou seja, apenas se destinam para o fim exclusive de lutas, por isso, serão avaliados por médico veterinário e destinados ao abate humanitário.

COMUNICAÇÃO SOCIAL

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