A luz do esclarecimento

Coletiva à imprensa esclarece interpretações distorcidas de decisão divulgada no site do MPE



Na tarde desta terça-feira, dia 31 de julho de 2012, a secretária estadual da justiça e defesa da cidadania, Eloisa de Souza Arruda e o comandante geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, coronel Roberval Ferreira França, concederam entrevista coletiva à imprensa a fim de esclarecer à sociedade a verdade a respeito de uma decisão, proferida em segredo de justiça, a respeito de abordagens na região da Nova Luz, centro de São Paulo.



Falsas impressões, difundidas, principalmente na internet, confundiam a população e vários órgãos de imprensa e por esse motivo a entrevista coletiva foi convocada. A secretária Eloisa Arruda asseverou que a Polícia Militar continuará agindo no Estado de São Paulo a fim de coibir o tráfico de entorpecentes e o uso e que, se forem necessárias abordagens, a PM não terá como se furtar a adotar essa providência. Respondendo às questões dos repórteres a respeito de uma suposta ação visando “espalhar” os usuários de droga daquela região do centro da cidade, a secretária esclareceu que “a mera aproximação da polícia pode fazer com que as pessoas se desloquem” e que “(se) a população se desloca de um local para o outro, a polícia, também, não tem como impedir isso”.



Abordagens vexatórias



A secretária estadual Eloísa Arruda, quando indagada a respeito do texto esclareceu: “O que a ação do Ministério Público, a proposta na liminar, é para que não sejam feitas abordagens vexatórias, e isso a Polícia Militar não tem feito”. Como primeiro esclarecimento o comandante da Polícia Militar, coronel Roberval França declarou que o tráfico e o porte de entorpecentes continuam sendo crimes no Brasil e pediu à imprensa que ajudassem a divulgar à sociedade essa informação de maneira correta. O coronel Roberval explicou ainda que a Operação Centro Legal é uma ação que já vinha transcorrendo há mais de dois anos, concatenando esforços das polícias e de órgãos de assistência social, ações que resultaram em números expressivos. Ao todo, até o momento, foram realizadas 851 internações voluntárias de dependentes químicos, 7.567 encaminhamentos de dependentes a serviços de amparo social, 135 prisões de pessoas foragidas da justiça além da apreensão de 66 quilos de drogas e 542 prisões em flagrante delito. Neste sentido, como uma ação global de quebra da “logística do tráfico”, a Polícia Militar apreendeu no ano de 2012 mais de 20 toneladas de drogas nas cidades do Estado e mais 18 toneladas nas estradas estaduais.



Propósito definido



O coronel Roberval França assegurou, ainda, que “a Polícia Militar trabalha com um propósito claro que é proteger as pessoas, fazer cumprir as leis, combater o crime e preservar a ordem pública e a PM continua trabalhando nessa direção”. “A polícia vai trabalhar como sempre trabalhou: dentro da lei, com profissionalismo, com seriedade, com respeito aos direitos das pessoas e coibindo todas as circunstâncias de abuso que forem verificadas ou trazidas ao nosso conhecimento”.



“Seriedade, comprometimento e perseverança”



A secretária estadual Eloisa Arruda resumiu em três palavras a atuação na Nova Luz: “Seriedade, comprometimento e perseverança, é o resumo e nossa atuação”. O coronel Roberval França esclareceu que a ação dos policiais militares de São Paulo é prevista em procedimentos operacionais padrão e que as ações seguem padrões técnicos. “Se há aproximação da polícia e as pessoas saem em deslocamento, nos casos em que isso induz uma suspeição, a polícia vai abordar, e isso é um padrão de trabalho da polícia de São Paulo, da polícia do Brasil e de qualquer polícia do mundo”, disse o comandante da PM.

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