Colunista desinformado deforma a realidade

A Polícia Militar vem a público para lamentar os infelizes comentários de Carlos Brickmann, na página 7 do Diário do Grande ABC, publicados em 25 de maio, sob o título “Segurança estúpida”.

Como colunista de um grande veículo de comunicação, o autor demonstra total falta de conhecimento não só do episódio em si, objeto de comentário, que foi a intervenção da PM durante a marcha da maconha, no último fim de semana, mas também da história da segurança pública e, principalmente, das técnicas policiais, dos investimentos realizados e dos resultados obtidos.

Inicialmente, repudiamos o tratamento do episódio como um caso de violência policial, “o mais vergonhoso episódio de violência policial em São Paulo desde a invasão da PUC, na ditadura”. Não se trata de um caso de violência policial, mas sim do uso legítimo da força pelo Estado para coibir atos de violência protagonizados por grupos que não entenderam ainda seu papel no estado democrático. Em casos desse tipo, eventuais excessos não são admitidos pela própria polícia, que adota providências rigorosas para não permitir que seus integrantes sejam violadores de direitos, mas devem ser tratados como exceção, como no caso concreto, pois é certo que assim o foram.

Outro ponto lamentável do comentário é a crítica quanto ao uso de técnicas não-letais. “A Polícia Militar interveio com violência, disparando balas de borracha, gastando gás lacrimogêneo à vontade, usando sprays de gás de pimenta, agredindo jornalistas e causando tumulto. Até helicópteros foram usados”. O que o incauto colunista espera? O uso desses equipamentos e técnicas ocorre justamente para não se utilizar a violência física. Da forma como expõe, induz o leitor a pensar que foi a polícia quem provocou o tumulto, quando, na verdade, interveio para evitar uma tragédia. Se desconhece as técnicas policiais e a importância, por exemplo, do uso de um helicóptero em eventos dessa magnitude deveria ele, no mínimo, buscar essas informações antes de esboçar qualquer crítica. Às pessoas que não formam opinião é compreensível o comentário baseado no senso comum, mas, no caso de uma pessoa que escreve para um periódico que é lido por milhares de pessoas, é inconcebível uma postura desqualificada e sem fundamentos técnicos.

Outro exemplo da falta de conhecimento é a utilização da interjeição: “Ah, se bandidos também fossem perseguidos com tanto equipamento e tanta disposição!...”, pois ignora os investimentos, os recursos, o treinamento policial e os ótimos resultados obtidos pela política de segurança pública nos últimos anos, com a redução da violência em geral. Talvez não seja ignorância, pois é quase impossível se manter alienado a tudo o que está sendo feito e apresentado pela própria mídia, mas uma conveniência. Ao criticar o Governo pela manutenção do Secretário da Segurança e do Comandante da PM demonstra que a crítica perde o cunho técnico e toma rumo político, o que é lamentável, pois a função da imprensa é informar, com isenção e imparcialidade.

Matéria Públicada no Diário do Grande ABC - Por Carlos Brickmann



Comunicação Social

Comentários

  1. Perfeito. Essas acusações levianas e falsas à PMSP merecem respostas à altura.

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  2. É exatamente isso que a PMESP tem que expor, a sociedade julga pelo que passa nas mídias, mas infelizmente pouco sabem o que passa do lado da polícia, a realidade de quem vive nesse meio muito pouco é vista, a massa se deixa influenciar pelos falsos moralistas, mas não param para ver o lado dos PMs. Por isso que parabenizo e se for preciso incentivo a Comunicação Social da Policia Militar a realmente mostrar a realidade de cada integrante dessa corporação e a visão da polícia perante as situações! Parabéns pelo blog e continuem a defender e mostrar os pontos de vista da Corporação para melhor aceitação na Sociedade!

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    1. Obrigado pelo comentário elogioso!
      Agradecemos o apoio!
      Centro de Comunicação Social

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