DIREITO DE RESPOSTA DO 14º BPM/I AO JORNAL REGIONAL, EXERCIDO PELA COMANDANTE DO BATALHÃO. TENENTE- CORONEL PM VITÓRIA



RESPOSTA AO EDITORIAL "NÃO TOQUEM EM NOSSOS MENINOS E MENINAS!!", DO JORNAL REGIONAL Nº 1.168 DE 04 DE DEZEMBRO DE 2015

Ao discorrer sobre os problemas existentes na reorganização escolar promovida pelo Governo do Estado de São Paulo e levada a cabo pela Secretaria de Educação, a jornalista Flávia Domingues menciona a “ocupação pacífica” de duas escolas estaduais localizadas no município de Iguape e, no decorrer da matéria, ao citar nominalmente a Polícia Militar de Registro, bem como a Comandante do 14º BPM/I, a Tenente Coronel PM Vitória Rita Loyolla Hollanders, o faz de maneira leviana, além de inferir a funesta previsão de que esta Corporação “seja acionada para a retirada dos jovens usando de violência”, havendo assim evidente equívoco de informação e que atentou contra a honra, a intimidade, a reputação, o conceito, o nome, a marca e a imagem de pessoa física e jurídica.

O inconsequente editorial causou obviamente, imensa estranheza e profunda decepção em todos os integrantes do 14º BPM/I, Unidade da Polícia Militar presente na região desde o início do século passado e reconhecida como uma instituição que atua diuturnamente em defesa dos moradores do Vale do Ribeira e que sempre se pauta por ações equilibradas e legais para a necessária preservação da ordem pública em nossa região.

Ao tentar associar a Comandante do 14º BPM/I, bem como todo efetivo da Polícia Militar no Vale do Ribeira, a uma horda sanguinária e violenta, além de despida de mínimos sentimentos humanitários, a missivista, ao que parece, tendeu a distorcer a realidade e sem qualquer motivo justificado, a imputar as piores qualidades possíveis a esta laboriosa categoria profissional, bem como a sua liderança.

É importante salientar que o jornal em que é editora, há anos divulga com precisão todos os atendimentos realizados pela Polícia Militar no Vale do Ribeira, sobejando por sinal, matérias positivas e que destacam os bons serviços realizados pelas equipes desta Corporação em todos os municípios da região, sempre fundadas na proatividade e na legalidade, com o objetivo primordial de melhorar a qualidade de vida das pessoas por meio da segurança pública.

Desta forma, se percebe que há uma evidente contradição no teor do texto da jornalista, que claramente tentou veicular uma imagem distorcida aos inúmeros leitores do Jornal Regional, a despeito de semanalmente lerem matérias que destacam a atuação da Polícia Militar na região nesse mesmo periódico.

A Polícia Militar, instituição legalista, não atua a seu bel prazer para promover a reintegração de qualquer imóvel ou objeto: seus integrantes seguem rigorosamente a lei e na totalidade dos casos, em cumprimento a uma decisão judicial emitida por um Juiz de Direito, com a necessária anuência do Ministério Público e mesmo assim, precedidas de tratativas entre os envolvidos para o melhor solucionamento dos casos, havendo na sequência rígidos protocolos para o desenvolvimento das ações policiais de retomada da coisa.

Neste ano de 2015, esta Corporação realizou o cumprimento de quatro reintegrações de posse em nossa região e, em todos os casos, os desfechos foram extremamente positivos, com total resguardo dos direitos das partes envolvidas e sem qualquer notícia de violência. 

Talvez por isso, ou seja, sem qualquer fato negativo envolvendo a Polícia Militar ou seus integrantes, as reintegrações não tenham despertado a curiosidade da jornalista e motivado a elaboração de alguma matéria a respeito.

Quanto ao apelo da jornalista Flávia Domingues, “não toquem em nossos meninos e meninas!”, ela pode ficar absolutamente tranquila, pois esta Corporação sempre teve especial atenção com as crianças e adolescentes e podemos discorrer com muita propriedade sobre o tema.

Dentre os vários programas de policiamento que desenvolvemos em nossa região, queremos destacar a Ronda Escolar, que é realizada em escolas urbanas e rurais de todos os municípios da região. Além das viaturas que executam o patrulhamento nas cidades e na zona rural, o 14º BPM/I conta com sete viaturas e equipes específicas para fazer as rondas diárias nas escolas, quando os Policiais Militares auxiliam na entrada e saída dos alunos e garantem a segurança do ambiente escolar, principalmente no seu entorno, afastando a frequência danosa de criminosos e garantindo a tranquilidade dos professores e alunos.

Caso a jornalista desconheça, desde 1997 a Polícia Militar promove no Vale do Ribeira o PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas e Violência), que é um programa de educação preventiva ao uso de drogas. 

Este programa, desde a sua criação e até o presente momento, já formou 52.551 alunos no Vale do Ribeira, sendo que neste ano nossos Policiais Militares instrutores aplicaram o curso para 3.557 crianças em toda a região.

Curiosamente, a Escola Estadual “Pé da Serra”, mencionada pela missivista é uma das escolas do município de Iguape em que é realizado o PROERD, mesmo que seu prédio esteja localizado há mais de 52 quilômetros do centro da cidade, o que demonstra o especial cuidado da Polícia Militar com os meninos e meninas do referido bairro.

Caso não fosse a Polícia Militar no Vale do Ribeira uma instituição séria e confiável, não teria motivado que organizações respeitáveis como o SESI, Rede Globo de Televisão e a TV Tribuna, dentre outras, firmassem parceria para promover, por anos, o evento denominado “Tribuna Kids”, em nosso Quartel, sendo que na sua última edição, mais de 34 mil pessoas visitaram nossa sede e interagiram com nossos Policiais Militares, a grande maioria crianças e adolescentes.

De igual maneira, falar de escola pública para um Policial Militar não é um tema equidistante como raciocina a articulista. Ao ensino público somos eternamente gratos, pois grande parte do nosso efetivo estudou em escolas públicas. De forma idêntica, seus irmãos, filhos, maridos e esposas.

Já que foi ventilado meu nome no texto, gostaria de publicamente externar a minha pessoal defesa e gratidão ao ensino público. Sabe qual o motivo, jornalista Flávia? Como meus irmãos, graduei-me em uma escola pública. No meu caso, na EEPSG “São Leopoldo”, escola pública da cidade de Santos, tendo como uma de minhas professoras de ciências, a minha própria mãe, professora de escola pública. Por sinal, idêntica profissão a de meu pai, professor de Língua Portuguesa, também em escola pública.


O particular sentimento de indignação diante de tão tenebrosa associação – como se esta Comandante liderasse um bando tresloucado e sedentos de violência – vai frontalmente contra tudo que tem sido desenvolvido com desmedida dedicação, absoluta legalidade e o sincero respeito aos direitos humanos no meu Comando, destacando-se a nova sistemática de defesa às mulheres vítimas de violência doméstica, medida pioneira no Estado de São Paulo.

Diante de tanto zelo e atenção à população do Vale do Ribeira, seria justo silenciar-me e aceitar passivamente o afrontoso editorial? É claro que não. O brio, a altivez e a honra de ser a Comandante do 14º BPM/I me levaram a exigir este direito de resposta para vocalizar o sentimento de insatisfação de todos os homens e mulheres que se encontram sob o meu Comando e que devotam suas vidas à segurança pública desta região.

Assim, certa de que vivemos em um ambiente democrático e em que a liberdade de imprensa deve ser defendida com unhas e dentes por todos nós, mas com a devida responsabilidade, lembro que não há democracia nem avanços civilizatórios onde predomina o arbítrio pessoal de quem se considera investido do monopólio da virtude e acha que tudo pode fazer.

Por fim, encerro esta resposta, citando a frase que consta no rodapé de todos os documentos elaborados pela Polícia Militar, conforme estabelece o regulamento I-07-PM, Instruções para Correspondência na Polícia Militar:

“Nós, Policiais Militares, sob a proteção de Deus, estamos compromissados com a Defesa da Vida, da Integridade Física e da Dignidade da Pessoa Humana”.



#podeconfiarpmesp

CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL PMESP



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