O DEVER DE CUMPRIR PRINCÍPIOS BÁSICOS DE JORNALISMO



Nesta quinta-feira (19), na página B3 do caderno Cotidiano, o Jornal Folha de São Paulo publicou matéria sobre a ocupação de escolas, de forma a induzir o leitor contra a Polícia Militar e, o pior, sem dar o outro lado à Instituição que foi citada no texto.
A matéria intitulada “‘Estou apavorada’, diz mãe sobre reintegração de posse em escola” já começa com um título apelativo, apresentando aspas emotivas de uma mãe, que teria afirmado à reportagem o temor de uma ação truculenta da Polícia Militar. No corpo da reportagem, aparecem as aspas de outra mãe, que estaria preocupada com a “truculência”.


Infelizmente, a Folha tem adotado uma postura discriminatória contra a Polícia Militar em diversas matérias. No caso de hoje, ao tomar fragmentos de opiniões isoladas de mães de alunos, tenta induzir a opinião pública a acreditar que os policiais agem com violência em todas as suas ações, o que é um absurdo e um desserviço à população.


O papel de um veículo de comunicação é retratar a realidade dos fatos e informar o leitor, o que, infelizmente, não se vê nesse texto. A Polícia Militar, por determinação do Poder Judiciário, atua em apoio a oficiais de justiça em ações de reintegração de posse quase todos os dias, muitas vezes em mais de uma ação por dia. Em quase todos os casos, a atuação é bem sucedida, mas não ganha destaque nas páginas da Folha, como deveria. Por outro lado, quando há a necessidade de uso da força para conter injusta agressão ou a violência praticada por determinados grupos que têm o objetivo de despertar a atenção para a sua causa, a Polícia Militar é sempre colocada como violenta ou truculenta, induzindo a opinião pública contra seus protetores, numa total inversão de valores.


Causa estranheza, também, o fato de o jornal ter utilizado uma matéria do jornal Agora SP, que não teve o mesmo destaque na versão original. No jornal Agora, as aspas são citadas dentro de uma contextualização justa e com o texto disposto hierarquicamente de forma adequada. Na Folha, contudo, as aspas e a suposta preocupação das mães foram trazidas para o lead da matéria, de modo que levasse o leitor a ter a falsa percepção de que a violência policial é a regra.


Matérias desse tipo deturpam, infelizmente, a realidade e induzem a opinião pública a ter repulsa pelas instituições, nenhum benefício trazendo no sentido de construir uma sociedade melhor.


A Polícia Militar, por sua vez, vem atuando com extrema responsabilidade e zelo com os jovens participantes desses movimentos, pois a missão é proteger a liberdade de expressão, o direito de livre manifestação e todos os outros direitos fundamentais das partes envolvidas, sejam elas quais forem. Nossos policiais receberam dezenas de elogios por suas atuações na proteção das escolas e gostaríamos que a realidade fosse apresentada. Nada além disso!

#podecondiarpmesp

CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL PMESP

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