23 de maio – Dia da Juventude Constitucionalista




 Há exatos 82 anos, o país vivia um dos momentos mais tensos de sua história. Na capital de São Paulo, manhã de 23 de maio de 1932, o governador Pedro de Toledo nomeia um secretariado composto unicamente por políticos paulistas sem a interferência direta da ditadura que à época governava o Brasil. Centenas de paulistanos, cansados da opressão imposta por Getúlio Vargas, saem às ruas para comemorar o que parecia ser o primeiro passo rumo à democracia, porém as manifestações de rua foram duramente reprimidas por tropas federais.



O movimento ganha corpo e se desloca madrugada adentro. Por onde passa, a multidão arranca das ruas e esquinas todas as placas e símbolos da Revolução de 1930. Ao se aproximarem do prédio situado na Rua Barão de Itapetininga, na Praça da República, os manifestantes encontram os militantes pró-ditadura. Afoitos, o povo começa a subir em direção ao primeiro andar. Repentinamente, abrem-se as janelas e copiosas rajadas de metralhadora são despejadas sobre a multidão. Nesse momento fatídico, quatro jovens – Martins, Miragaia (o mais velho, com 31 anos de idade), Dráusio (o mais jovem, com 14) e Camargo são mortalmente atingidos pelos disparos. Alvarenga, o quinto mártir dentro muitos outros, viria a falecer três meses depois em consequência da artilharia. Ali deflagra-se a Revolução Constitucionalista – como disse certo historiador, “era impossível voltar atrás...”



Este é talvez o momento mais significativo da democracia brasileira. Embora o estado de São Paulo tenha sido derrotado nos campos de luta, sagrou-se moralmente vitorioso quando viu seus ideais democráticos serem consagrados na Carta Constitucional de 1934.



O desejo de ver um Brasil melhor ardeu no peito daqueles jovens paulistas. Eles superaram medos e incertezas; não se curvaram às injustiças; não se venderam aos algozes; não se intimidaram frente a um inimigo sabidamente mais forte. Nossa sociedade atual lhes deve gratidão eterna.



Povo paulista e brasileiro! Hoje, as trincheiras são outras, mas a luta pela paz, liberdade e segurança ainda continua. E essa luta é de todos nós!



Centro de Comunicação Social da PM

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