A Falha da Folha


A Folha comete um erro básico de jornalismo e induz seus leitores a uma interpretação equivocada.

A Folha comete um erro básico de jornalismo e induz seus leitores a uma interpretação equivocada na reportagem “PM‘usa’ protestos para comprar fuzis”.
A matéria afirma que a compra de 50 fuzis está em andamento e será destinada a unidades especiais da Polícia Militar. No entanto, apenas o leitor mais atento, aquele que leu toda a reportagem, verá no final de um pequeno texto diagramado na parte de baixo da página que a compra não será mais realizada. Ora, se não haverá mais compra, o jornal poderia afirmar que a aquisição está mantida, como diz texto principal? Tal contradição, além da imprecisão informativa, serviu apenas para sustentar uma falsa polêmica que, mais uma vez, tenta atingir a imagem da PM.
Além disso, verifica-se uma falha grave de apuração, na melhor das hipóteses, no momento em que a matéria comenta os exemplos de distúrbios na sequência da notícia sobre a aquisição de fuzis, induzindo o leitor a pensar que o armamento seria utilizado contra manifestantes. Uma leitura simples do documento que trata do reaparelhamento das unidades de policiamento de choque permitiria entender que o trecho destacado justifica, especificamente, a aquisição de veículos especiais para transporte de policiais até locais críticos, os quais serão usados como rompedores de barreiras e para proteção balística, citando manifestações em que houve disparos contra a tropa para essa justificativa. O objetivo é o de, justamente, poupar vidas, como está expresso no projeto. Mas, isso, a Folha preferiu não mencionar.
A Folha misturou a justificativa para a aquisição de veículos blindados com a questão da compra de fuzis e, com isso, induziu o leitor a interpretar equivocadamente a intenção da Polícia Militar. Esperamos que o erro tenha ocorrido apenas pelo despreparo do repórter.

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