Série de TV aborda a rotina do Grupamento Aéreo da Polícia Militar
Rodrigo
Astiz, diretor geral da série, filmava “Águas Mortais”, em 2010, abordando os
eventos climáticos na América Latina, quando conheceu um médico do GRPAe, que
seria entrevistado para o documentário.
No
momento em que o diretor estava pronto para gravar, soou o alarme para uma
saída do Águia e o médico precisou abandonar o local. Astiz então descobriu que
estas saídas aconteciam com frequência e viu nisso um bom material para uma
série. A Discovery gostou da ideia e abraçou a produção.
Para
que a produção fosse viabilizada seria preciso ter o aval da Polícia Militar
para conseguir acesso ao ambiente do Grupamento. A equipe da produtora Mixer
desenvolveu um projeto com o mínimo possível de interferência no trabalho dos
profissionais.
A
ideia era acompanhar toda a ação que se passa no helicóptero e nas cabines
centrais de atendimento, desde a chegada da chamada, passando pelo deslocamento
da equipe, pelas manobras arriscadas, até o socorro prestado para estabilizar a
pessoa acidentada e levá-las aos hospitais de referência.
A
série tem bastante foco no profissional, na atuação em equipe e preocupação em
mostrar a dimensão humana por trás do trabalho, portanto, não houve resistência
dos responsáveis da Polícia Militar do Estado de São Paulo para autorizar e
colaborar com a produção.
A
produção teve início um mês antes das gravações. “Foi o tempo de nos
ambientarmos com o trabalho, conhecer as pessoas, as histórias pessoais, os
tipos de trabalho e estudar como posicionar as câmeras e microcâmeras”. A
produção optou por não usar um cameraman nos helicópteros e a solução foi
instalar câmeras na aeronave.
Ao
todo são oito câmeras, posicionadas no painel frontal do helicóptero e nas
laterais, no banco do passageiro, no capacete de um tripulante e no peito do
médico. Elas eram acionadas na partida do helicóptero e só desligadas quando
elas voltavam. “Isso proporcionou uma linguagem muito interessante, que é a de
voar junto com eles. É uma das maiores qualidades da série”, destaca Astiz.
Para
Carla Ponte, supervisora de produção e desenvolvimento da Discovery Networks,
esta foi uma decisão bastante acertada. “Tivemos a facilidade de captar o
momento de espontaneidade. A ausência de um câmera para a equipe acabou
tornando algo muito positivo, que gerou beleza para a série”, observa.
A
parte mais complicada, segundo o diretor geral, foi a edição. A equipe gravou
entre outubro de 2011 e março de 2012, dando ao diretor de “Águias da Cidade”,
Sérgio Zeigler, mais de mil horas de gravação. Também foram captadas cenas de
alguns desses profissionais e cenas externas dos “águias” em ação. Para estes
momentos, a Mixer contou em algumas chamadas com a participação do comandante
Hamilton, famoso por suas atuações nos telejornais.
A
série tem oito episódios, cada um deles aborda um aspecto do tema, como o
treinamento de pilotos novatos, resgates aeromédicos, atuação dos Águias no
período de chuvas e planejamentos e imprevistos. Pela universalidade do tema,
existe a possibilidade de o conteúdo ser exibido em outros países.
Centro de Comunicação Social da Polícia Militar
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